2pe - Decida-se (part. V. H)

E no mais denso, tenso é depender do senso comum
Nunca vi nenhum anjo, mas conheço alguns
Ou achei que conhecesse?
Independente do que acontecesse?
Oh, essa é clássica, mágica
Palavras que despareceram de forma trágica
Antes que anoitecesse
Nutrindo o interesse
Meio sem cor, um tanto abstrato
Só o vermelho e dor junta ao traço cinza e básico
Como bicarbonato
Salgado como sódio
Manifestando o ódio
Camuflando a podridão com o mais gelado banho de ródio
E pra que ficar no pódio? Se o caminho é semelhante
Se não for é irrelevante
Se é merecido quem vai dizer que tu és errante?
Sempre distante, atento
Talvez o pecado seja desistir por temer o julgamento
Diamantes, tirando os valores que carregam os sedimentos
Brilhante sofrimento, brilhante sofrimento

Decide, é tudo seu ou cê divide?
Quantas vez cê já foi humilde?
Pelo prazer de ver feliz quem você convive
Mas se decide, veio viver ou sobrevive?
Nunca mantive, laços por enfeite
Corro com os meus iguais que cê diz ser diferente

Mas oh, anda ló, que o veneno ainda circula
Da febre fez-se a cura, eu prefiro a carne crua
Eu sei que é difícil conviver, e entender que é só você
Pela janela do hospício, esse mundo que assisto
Pelo visto você assistiu pela TV
Quem sou eu pra lhe dizer, o que cê vai fazer?
Se seu vício é ouvir por não ter quem recorrer
E prevalece sua verdade, pra ser covarde
Era só deixar alguém se envolver
Decide, e olha pelo canto do olho, e vem, tá de molho?
Não mofa que a vida num é marofa
Não se encafofa, que o sol lá fora já tá se pondo
Vejo vários se decompondo, e uns pressupondo que é o ciclo
Do pobre fez o se o rico?. Fez-se o mito
Do pobre fez-se o mundo
Mas pobre memo é viver contente, satisfeito com o fundo
Pensamento moribundo, licença vagabundo
Tô mais do que decidido
Já enjoei desse silêncio acompanhado de uns latido

Decide, é tudo seu ou cê divide?
Quantas veiz cê já foi humilde?
Pelo prazer de ver feliz quem você convive
Mas se decide, veio viver ou sobrevive?
Nunca mantive, laços por enfeite
Corro com os meus iguais que cê diz ser diferente

E você? Já decidiu? Vai decidir?
Tá osso né?
Demoro

Complicado, decida-se você por que eu tô um tanto estagnado
Pseudo-julgamento que no fim peço alterado
Fruto da sua escolha, nutrindo
A minha palavra eu preencho minha folha
Independente dos alheios
Na disputa, não pago a multa, aprendi a pisar no freio
Por do sol que é a porta
Pra descobrir o porque que é que você veio
Cronometrando, pensando no tempo que ainda nos falta
Solto a rede ainda em baixa, procurando maré alta
Esqueço a pauta, e quantos se esquecem da pergunta?
E a resposta sai meio na flauta
Só que não no assopro, de salteado e cor
Pior é empurrar a decisão pro outro
Não justifica, ou tu desiste ou você fica
Tomar sozinho é fácil, quero ver dividir a bica
E quando complica?
Que se foda o valor na sua conta o que vale é a alma rica
Fica a dica, aqui é sozinho
Que você descobre que o que é certo é errado
Nessa terra prego que se destaca sempre é martelado
Eu tô vendo tudo, mais tudo ainda não me vê, de lei
Se sobreviveu vive, você decidi, o meu já sei
Bate as mantas, abre o olho e fica esperto, e lembre-se
Em terra de cego, quem tem olho, é rei